Caminho do Médio Tejo
O Caminho do Médio Tejo enquadra-se no Centro de Portugal, em território moldado pelo sistema hídrico do Rio Tejo e pelo conjunto de serranias, encostas e vales da sua margem norte, onde correm rios e ribeiros que irrigam as terras e alimentam o caudal do grande rio. A paisagem é diversificada, com serenas planícies e zonas montanhosas. Testemunhos da antiguidade destas terras são visíveis na toponímia e na herança cultural. A organização administrativa e o povoamento sistemático remontam ao período da reconquista cristã e da formação do Reino de Portugal (séculos XII-XIII), na sequência de doações feitas pelos reis às Ordens Militares para garantir a defesa das margens do Tejo, atrair moradores e promover o desenvolvimento social e económico. Foram particularmente relevantes a Ordem dos Hospitalários (Ordem de Malta) e a Ordem dos Templários (mais tarde Ordem de Cristo), que construíram castelos e igrejas e contribuíram para a formação de povoados.
Neste território, tão rico em biodiversidade e culturalmente tão valioso, os Caminhos de Fátima estão organizados em três percursos ou rotas que correspondem a três itinerários culturais em áreas geográficas distintas. Cada um dos percursos leva à descoberta e fruição de um património cultural e ambiental multifacetado, propiciando a peregrinos e caminhantes experiências e vivências únicas, em harmonia com a natureza e a vida e em relação com populações acolhedoras.